Acordo. Três da manhã. Levanto, vou até a janela da porta, olho para
rua: ninguém. Volto para a cama e para o círculo vicioso que são meus
pensamentos em relação a qual rumo tomar na vida. Decisões. Sempre tão
difíceis, sempre tão complexas. O tempo passa e ainda não consigo dormir, tenho
a angústia de ter ouvido verdades inconvenientes na noite passada.
Calma. Respiro. Lembro de
uma madrugada olhando o mar indo e vindo, uma tarde ao sol e uma manhã sem
destino. Quero uma certeza, só uma para que me apegue a ela e a siga sem
questionar mais nada nem ninguém.
Mas já é tarde para tantas
divagações, agora só quero dormir.
Levanto. Olho novamente para rua e ninguém.
Tomo um pouco de água e volto para cama. Abraço-lhe. Automaticamente me sinto
confortável e começo a sentir que talvez este também seja o meu lugar. Que ali
talvez eu também pudesse me sentir menos sozinha no mundo. Que talvez eu
devesse finalmente parar de pensar e tentar dormir, tentar aproveitar um pouco
mais aquele momento.
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