sábado, 29 de dezembro de 2007

Paranoid girl

"a obra inteira de uma vida"
Ok! declarando total esgotamento e fracasso diante de TODOS os meus problemas.!!!. Felizes agora?
-Vocês venceram!
*após a visita ingrata, dele sento em frente ao computador para desabafar letrinhas e letrinhas em um Word abandonado. Chega o momento em que não suporto mais bancar a forte e controlada e começo a soluçar em frente ao monitor.
*cena trash
Minha mãe entra no exato momento com um copo de vinho de ontem e dispara o interrogatório. Estou tão cansada (cansada mesmo), me resigno a lhe roubar o copo, a garrafa e dizer:
-por favor, me ajuda só dessa vez. Sai.
Usurpo mais algumas latinhas de cerveja da geladeira.
*Me tranco com as minhas cápsulas beges e dois minutos depois é só esperar surtir efeito.
**Ouvindo "vinte e nove". Dica de depre song!
(Que humor negro)
...
E se eu for a menina dele e ele não for o meu? O que vai acontecer então? E a Estória da tampa da panela? da metade do limão? do par perfeito? do amor eterno e das almas gêmeas?
Onde é que tudo isso foi parar depois de três anos me torturando e me arrancando fatias e fatias do peito?
ONDE????
*Conceitue o conceito de conceituar a felicidade.
Difícil pra você? imagina pra mim. Depois de tudo que já passou.
Depois de latas de cerveja, meia garrafa de vinho e uma, duas, três... dez cápsulas de não sei o que bege.
Muito difícil.
...
Sempre é assim. Dor de cabeça, sonolência e depois sono induzido durante um dia (ou mais se eu tiver sorte). Começou a dor de cabeça.
...
Ontem eu tive mais do que nunca a sensação que convivo com um menino de jardim. Menino mimado e birrento que não me deixa por orgulho a posse e ao titulo. Lhe falava de coisas relevantes e essenciais do meu cotidiano. Contava do livro incrível da família Buendia (Cem anos de solidão) que estou lendo, sobre como me impressionei ao entrar por completa na narrativa da história. (na verdade não tinha vontade alguma de falar, porém estava sendo amistosa e gentil) Ele ríspido e inconveniente soltou:
-E o que isso tem demais? No jogo (de vídeo game) que estou jogando, os personagens vivem morrendo e morrendo. Você e sua visão tola de tudo.
(noite mal dormida e a indignação da ignorância atravessada na garganta, peito e tudo o mais que possa ferir).
...
Mais dor de cabeça. Ta chegando a hora.
...
E o que eu faço agora? Me diz... por favor.
Quer o que? Prolongar o que evidentemente você vê que não está dando (e nunca deu) certo?
Ta... eu já disse que desisto de argumentar e esbravejar diante de sua birrice juvenil, faço o que você quiser dessa vez. E vai ser o que? a ruiva de novo? ou uma loira pra alternar a cor do sofrimento?
Só me diz que eu faço.
O problema é que você confunde atração física e prazer com sentimentos que você SABE que não possui por mim, que você sabe que já faz tempo que não sinto.
Desde quando mesmo? Paixão pelo P? Paixão pelo D? paixão pelo A?
Preciso falar (ou escrever) mais alguma coisa? Eu não sou alguém que inspira confiança e dedicação amorosa... você deveria ter aprendido depois de tudo.
...
*sonolência
Gostaria de apelar para minha memória e lembrar a frase original... mas a tradução é assim:
-Dá ou desce.
E assim, vou aproveitar e repudiar ainda mais meu destino medíocre neste final de semana. Ler o que resta dos Buendia e tramar algo bem perverso para tomar todas na próxima sexta feira.
*Pintando as unhas de vermelho para combinar com o sangue que queima nas minhas veias.
*Tirando as almofadas da cama para deitar olhando o céu que insiste em ficar azul mesmo contra o meu humor já abalado pelo tempo.
Enfim... mas um dia de tensões infantis na minha vida. Onde fiquei farta da visão simplória e otimista que possuo de tudo.
*Ok... ele conseguiu amargar e enrudecer mais o meu coração já dilacerado por tantas asneiras do destino.

Um comentário:

Anônimo disse...

to com saudade
não esquece de todas as coisas q eu já te disse