Redhead

Sábado eu promovi uma chacina geral aqui na minha casa. Com direito a sangue e tudo.

Sábado minha mãe viajou, meu irmão saiu pra beber e eu estava com preguiça de sair com este sol escaldante para arrumar algum probleminha novo. Estava com preguiça até o dado momento em que ouvi os berros alucinados de uma vocalista cantando: “Ela chega todo dia
No interfone ou campainha, E têm cabelo vermelho, Também as unhas dos dedos!”.

Pronto! Foi eu ouvir a musica e pensar: “Eu também quero!”. Tanto queria, que fui até a farmácia, comprei e voltei em menos de dez minutos!

Tava lá: GRANADA SUPER INTENSO 666. Endiabradamente a minha cor favorita. Quando cheguei em casa pensei: “F***! Tem ninguém em casa e eu quero ficar ruiva”. Liguei para a minha cabeleireira:

-Desculpa minha flor! Hoje é sábado e está tudo lotado... Sem horário pra ti. Só Segunda.

-SEGUNDA? Quero ficar ruiva agora!

-Pinta sozinha se a vontade é tanta.

-Feito!

Feito. Mostrou a faca para o Cereal Killer assassino de mocinhas indefesas.

Depois de uma hora. A casa inteira estava vermelha, a mesa da COZINHA lavada de cor de sangue, o banheiro (!!!) parecia que uma pessoa inteirinha tinha explodido lá dentro e sem comentar no estado lastimável em que eu mesma deixei minhas roupas, toalhas e tudo mais que foi posto no lixo.

  

Enfim. Horas de trabalho... E meu cabelo ficou bordô.
Isso (acredite) dá vontade de matar uns dez. Mas é de raiva desta cabeleireira inútil aqui.