Fico dias
pensando que ele não me dá mais bola, que está se envolvendo com mais pessoas e
que vive bem melhor fingindo que não existo. É. Vivo dias passando naquele
lugar e pensando que o fato de ele não estar lá é simplesmente o melhor para
mim, posso assim, focar em coisas realmente boas para mim, me iludo bem.
Mas um dia
passo por lá e ele está! Está e me olha e sorri, esperando que eu vá até ele e
lhe diga que senti saudade e que quero sua presença aqui. Mas não consigo,
passo reto e não falo com ele, não dirijo nenhuma palavra e sigo meu caminho. E
quando isso acontece duas possibilidades existem:
- Ele
disfarçar a decepção que lhe causei e seguir também o caminho dele, fazendo
suas coisas como se para mim ele não existisse;
- Ele
disfarçar, esperar poucos segundos e me seguir. Me alcançar enquanto caminho,
segurar o meu braço enquanto pergunta:
- Pode me dizer, por favor, o que te
fiz?
- Preciso mesmo dizer? Ou você vai
deixar de teatro?
- Não acredito. Só isso.
- Nem eu.
E então me solto. Olho bem para seus
olhos (com óculos ou sem) e sigo meu caminho.
SEMPRE ASSIM.
Preciso de “coisas” novas.
Definitivamente.
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