Sempre fui conhecida pela minha
impulsividade, meu espontâneo ritmo em mudar tudo que era certo na minha vida e
na de algumas pessoas que comigo viviam, mas foi quando precisei viver, que me
prendi e amarrei minhas vontades em vergonhas infantis e medos de quem um dia
teve algo a perder.
Perdi a oportunidade.
Queria ter lhe dito que também
sempre tive vontade de viver tudo aquilo, desde os primeiros dias de idos anos
em que tudo era mais fácil, menos proibido e sensível a qualquer interferência
de terceiros. Deveria ter lhe dito tudo isso ou simplesmente ter repetido tudo
que você me disse aquele dia, mas não me permiti, você não merecia ouvir todas
as incertezas que eu tinha para lhe oferecer, você sempre mereceu mais.
Eu deveria ter lhe falado que
você não era mais um, mas sim único. Pois não conheço pessoa que me deixe tão tímida
quanto um olhar seu me deixa, nem há quem me faça rir com tamanha felicidade e
muito menos alguém que me tire à noção de tempo e espaço como você sempre fez.
E agora te vejo por bares e ruas
que freqüento pensando em você, sempre trocando olhares com mais uma, de outra
noite que você com certeza não lembrará na manhã seguinte. E por mais questão
que você faça de vir conversar comigo, isso não é suficiente, nem nunca será se
tratando de você e todo este espaço entre nós e a vontade que tenho de você.
Aqui e agora.
Um comentário:
há! eu amo essa música, cantada pela roberta sá com o lenine!
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