segunda-feira, 30 de maio de 2011

“Eu pareço me importar?”




Não. Na verdade parece mesmo que você nem liga mais para o que penso, me deixou aqui sozinha sentindo tudo isso que eu ainda sinto e se foi, assim como quem jamais se envolveu, e foi lá, começar tudo outra com vez com outra (s).
E daí começo a fingir que também não me importo mais, porque continuar se importando depois de vinte e três anos vividos deixa de ser sinal de sensibilidade e começa a ser atestado de burrice, já fui coisa demais na vida, só me faltava ser burra agora, né?
Foi divertido ser racional, passar por muitas e más situações em que você não estava envolvido, e que acredite se quiser: ninguém sabia da sua existência, pelo menos não sabiam da sua presença aqui no meu peito. Pra quê contar que você era um padrão a ser superado? Assim tudo tinha mais graça sabe, não tinha sentido algum, mas graça tinha sim que eu ri da cara de cada um que achou que chegaria aos seus pés.
Ninguém chegou nem perto de ser parecido com você, não sei se isso é bom, mas todas estas experiências não foram ruins não, eu aproveitei. Mas fui vendo que não bastava não te ver mais, precisava cortar todos os vínculos, contatos e sinais de que eu sabia que você não me amava mais. Eu sumi enquanto me achava em outros lugares. Você percebeu que sumi? Ou simplesmente viu que tinha tido finalmente paz. Penso tanto nisso que cheguei à conclusão que não importa, qualquer resposta vai doer.
Depois de me poupar da dor de ver sinais seus por aí, passei pela dor de esperar que você sentisse a minha falta, sabendo claro que é mais provável que o inferno congele antes que você pense em mim como uma opção, sim, foi tanta dor que acordei. Nada disso jamais aconteceria. Sim. Era isso que eu tinha que colocar na cabeça: Ele JAMAIS vai aparecer aqui na minha casa e, e, espere, é ele! É ele!
Ele: Eu ia te comprar um presente perfeito de aniversário, mas a loja estava fechada.
Eu: É mesmo? :]
E me derreto por você mais uma vez, não querendo nunca mais te soltar, nunca mais deixar que você queira sair de perto de mim [...] Te solto um dia depois, daí sim, quando eu me sinto mal o suficiente por ser tão leviana com meus sentimentos e ações: Te amar eu ainda te amo, mas não preciso sair por aí pagando de menina apaixonada por um lindo como você, todo perfeito, que ainda tráz café na cama. 

Um comentário:

Salve Jorge disse...

Diga em uma prece
Que ela regresse
Porque eu já não posso mais viver
Chega de saudade..

Já dizia o poeta
Que sabia dizer
Sem meia verdade
Verdade e meia
Não completa
Mas fogo ateia...